O voto do Nordeste no tribunal
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Imagem gerada por IA. |
Historicamente,
o nordestino tem sido responsável pela vitória da esquerda no Brasil em termos
de eleições nacionais. Quando parece que tudo vai dar certo, lá vem o Nordeste,
no último momento, com seus votos, mudando tudo.
Essa
realidade tem gerado revolta em muitos sulistas, e com justa causa. Mas você já
parou para pensar na gênese dessa problemática? Já buscou entender o porquê
dessas escolhas sempre imutáveis?
Você
pode até achar estranha essa nossa persistência em errar, mas precisa entender
que, deste lado do país, coisas simples como “comida” deixam muita gente
preocupada. Não por acaso, somos os maiores beneficiários do Bolsa Família.
Aqui,
muitos pais de família perdem o sono, preocupados, sem saber se os filhos terão
o que comer amanhã. Muitos ainda passam fome, acredite ou não. Não falo como
alguém que leu sobre o assunto, mas como alguém que sabe o que é sentir dor no
estômago de tanta fome na infância. Alguém que já viu a mãe grávida desmaiar
por não ter o que comer.
A
fome, somada à falta de educação básica de qualidade, mantém o nordestino nos
porões das senzalas ideológicas e da crença em um salvador que promete garantir
um dos mais básicos direitos: o de se alimentar.
Em
vez de causarmos revolta por nossa falta de consciência política, deveríamos
causar empatia nos críticos, pois somos as vítimas em certa medida. Não peço
que concordem com o que temos feito, mas que busquem entender os motivos.
Quem
tem fome quer comer. Quem não tem educação não entende a própria realidade.
Sendo assim, pelas próximas décadas, se tudo se mantiver como está, não esperem
que partidos de esquerda saiam do poder.
A
esquerda encontrou no Nordeste o seu tesouro, não em ouro, mas em votos,
consciências e liberdades. Eles não amam o povo, mas sim o poder que esse povo
tem. Têm, mas não sabem que têm, e por isso se mantêm nos grilhões da
ignorância.
Mas
eu ainda tenho esperança no Nordeste, esperança de que, em algum momento,
nossos olhos serão abertos, nossos ouvidos serão destapados, e nossos
prisioneiros se revoltarão contra seus algozes. Na verdade, essa revolta já
começou, mas mudar uma cultura exige um esforço de décadas. Por isso, tenhamos
paciência e, claro, não desistamos do Brasil.
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