Bolha no thread #2 - A didática dos professores universitários

 

Imagem gerada por IA.

Uma das maiores controvérsias no meio acadêmico, desconsiderando ideologias unilaterais, gira em torno da didática dos professores universitários. De modo geral, os docentes utilizam quase que exclusivamente um único recurso: os slides.

O problema não está no uso dos slides em si, já que essa tecnologia é amplamente empregada. A questão é a quantidade excessiva de texto nos slides. Os alunos costumam afirmar que essa prática passa a impressão de que os professores não dominam totalmente os conteúdos ministrados, o que, em teoria, comprometeria sua credibilidade como ensinadores.

Além disso, cumpre destacar que os professores instruem seus alunos a evitarem a chamada "pedagogia bancária", uma das principais críticas de Paulo Freire, segundo a qual o professor, nessa perspectiva, atua como depositante e o aluno, como receptor passivo.

Diante dessa discrepância, os alunos não economizam nas críticas, apontando que há uma incoerência entre o discurso e a prática. Ou seja, faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Quando na verdade, a lógica exigiria que a proposta fosse: faça o que eu faço e evite o que eu digo.

Essa crítica foi uma das mais contundentes que já li nas redes sociais, mas também a ouvi durante meu tempo como aluno. Nós éramos orientados a evitar o uso excessivo de textos nos seminários, mas os próprios professores frequentemente utilizavam muitos textos em suas exposições.

Concluindo, os professores podem ter suas razões para utilizar muitos textos em suas aulas, ainda que os alunos discordem. Por outro lado, os alunos têm todo o direito de criticar essa prática. Ambas as posições são observações válidas e merecem ser consideradas.

 


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