A Nossa Culpa e a Negação dos Fatos
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Imagem gerada por IA. |
Uma
das grandes falácias do movimento socialista, implantada na sociedade por meio
dos seus pensadores estudados na academia, é que o homem é um produto do seu
meio e, portanto, não tem responsabilidade por seus atos e escolhas. Eliminando-se
assim, não apenas as suas culpas, mas também o que diferencia o ser humano dos
demais seres: a sua racionalidade.
Nessa
perspectiva, se alguém comete um crime, por exemplo, e é oriundo de uma
comunidade pobre, não pode ser responsabilizado pelos seus atos, visto que é
considerado apenas um produto do meio em que vive. A culpa que deveria ser
atribuída a quem praticou a ação prejudicial é, então, transferida para todos,
independentemente de quaisquer argumentos contrários ou embasamento nos fatos.
É
claro que o ambiente no qual o indivíduo está inserido exerce alguma influência
na formação de sua personalidade, visão de mundo e de si mesmo. No entanto, a
disparidade entre o número de criminosos e não criminosos, habitando nos mesmos
espaços, é evidência incontestável de que o homem tem o direito de escolha e
que, na maioria das vezes, opta pelo bem próprio e pelo bem social.
Além
disso, se considerarmos o grande número de pessoas envolvidas em crimes,
especialmente no mundo da política, onde pessoas pobres geralmente não têm
acesso, fica evidente que a questão não está no meio, mas no indivíduo e em sua
capacidade de escolher de acordo com os próprios desejos.
Lembro-me
de ter ouvido esse discurso de "culpa de todos" de uma professora,
que se recusou a permitir que eu comentasse suas afirmações, de forma censora e
antidemocrática. Mas se tratando do meio acadêmico, infelizmente, não se pode
esperar que opiniões divergentes sejam aceitas.
Honestidade
é uma Escolha
Há
mais de 20 anos, testemunhei uma cena que até hoje deixou marcas profundas em
relação à honestidade. O contexto é o seguinte:
Eu
morava em uma propriedade rural bastante afastada do meio urbano, e, ali perto
da minha casa, vivia uma grande família que precisava que todos trabalhassem
para se sustentar. Onde trabalhavam? Na colheita da cana-de-açúcar.
O
trabalho na moagem, como você pode imaginar, não é fácil e normalmente é
realizado por homens adultos. No entanto, em algumas ocasiões, algumas mulheres
também trabalham nessa função. Se não é tarefa fácil para um homem adulto e
experiente. Imagine, então, para crianças de sete ou oito anos... E, ainda
mais, sendo feito por uma mulher sem um dos braços?
A
mulher em questão cortava a cana com apenas um braço e, para amarrar os feixes,
usava a boca. Não preciso dizer que sua boca estava cheia de feridas e seus
lábios extremamente inchados, certo? Como explicar o fato de alguém fazer
tamanho sacrifício quando poderia simplesmente se colocar no papel de vítima e,
quem sabe, roubar de alguém?
Como
vimos, ela, com base em seus próprios valores, exerceu o direito humano de
escolha, optando por fazer o que é certo em vez de seguir o caminho mais fácil.
Afinal, se tivesse decidido agir de forma errada, dadas as circunstâncias, quem
a julgaria? Mas o ponto não é o julgamento dos outros, e sim a própria
consciência.
É
o exercício dessa consciência que determina o que cada um será por meio de suas
ações. O mérito pertence àquele que faz o bem, e a punição, àquele que comete o
mal, prejudicando a si mesmo e aos outros. Portanto, não acredite nesse
discurso fácil e falso de que as ações de terceiros geram uma culpa
compartilhada socialmente e que é o ambiente é o fator decisivo primordial.
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