É possível converter um cristão petista? Entenda a provocação
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Imagem gerada por IA. |
Normalmente,
a resposta seria "não". No entanto, a minha experiência me mostrou
que a maioria dos cristãos que se identificam como lulistas, na verdade, ainda
não entenderam o que estão fazendo. Trata-se, portanto, de uma questão de
ignorância e não de concordância.
Os
evangélicos lulistas, em geral, nutrem uma grande admiração pela figura do
atual ocupante da cadeira presidencial, mas não tem a mínima noção das suas
ideologias, que, incontestavelmente, são imigas do cristianismo. Sejamos
realistas: a maioria de nós jamais ouviu falar das teorias comunista e
socialista, nem se interessa pelo assunto.
Porém,
se você conseguir apresentar ao crente petista as verdades que ele desconhece,
e se ele for realmente convertido aos ensinamentos bíblicos, a única reação
possível será a de se tornar um opositor ao petismo, dada a inegável inimizade que
nos separa. Mas, ressalto, nós combatemos ideias, e não pessoas. As pessoas
devem ser amadas, mesmo que as suas ideias precisem ser contraditadas.
Não
pretendo aqui desmerecer os poucos acertos do PT, mas quando se trata de
cosmovisão, não há como ser genuinamente cristão e, ao mesmo tempo, apoiar o
petismo. Essa não é uma interpretação exclusiva dos protestantes, mas também da
maioria absoluta das vertentes do cristianismo ortodoxo.
Iniciando
a conversa com um petista
Ao
abordar o assunto com um irmão petista, comece apresentando as pautas
defendidas pelo PT e seus partidos satélites. Mostre as incoerências presentes
na ideologia do partido, isso pode ser mais persuasivo do que discutir os
crimes e condenações da operação Lava Jato. Todos já conhecem esse assunto,
mas, devido à nossa cultura política, a corrupção acaba sendo vista como algo
"normal" entre os políticos, o que não gera indignação nem desperta
um senso de ofensa natural diante de um ato perverso.
Por
outro lado, os crentes, em sua maioria, são contrários à legalização das
drogas, ao passo que o PT é favorável à liberação, e trabalha por isso, tanto
na política quanto no Judiciário. Os crentes pregam contra a promiscuidade
sexual, enquanto o PT chama isso de "empoderamento feminino" e luta
contra o "patriarcado", desconsiderando a importância da mulher, da
família e do homem na sociedade. Além disso, enquanto os cristãos defendem a
vida desde a concepção, o PT é a favor do aborto, considerando-o como um
"direito reprodutivo".
Você
já viu o vídeo no qual o Lula reclama da vantagem abortiva que as mulheres
ricas têm em relação as mulheres pobres? Segundo o ele, “quando uma mulher rica
quer se livrar do filho, vai fazer [o aborto] fora do país", já as
mulheres pobres não teriam o mesmo "direito".
Agora
eu lhe pergunto: será que o sonho da mulher pobre é, realmente, ter o direito
de matar o seu filho no ventre? Seria essa a principal necessidade das
mulheres? A proposta de Lula não levaria, na prática, à morte dos mais pobres,
justamente aqueles que ele diz amar e defender?
Essas
são apenas algumas das questões que mostram o abismo que separa os cristãos verdadeiros
dos valores defendidos pelo PT. Sendo assim, como poderiam os cristãos e o PT
caminhar juntos, se não estão de acordo? A Bíblia é clara: "Como andarão
dois juntos, se não estiverem de acordo?" (Amós 3:3).
Testemunhos
de mudança
Pessoalmente,
já testemunhei a "conversão" de duas irmãs que eram defensoras
fervorosas de Lula, mas que hoje são veementes críticas das ideias promovidas
pelo PT. O que aconteceu com elas? Foram expostas a verdades que desconheciam,
e essa é a chave para a transformação.
O
que eu tenho a ver com isso, se é que tenho? Apenas apresentei as pautas
petistas e deixei que elas mesmas tirassem suas conclusões. Não promovi
confrontos, nem fiz críticas, apenas expus os fatos. Então, as próprias irmãs
chegaram à conclusão de que não era mais possível votar no PT ou apoiar seu
líder.
A
Bíblia diz em João 8:32: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará." Há verdades que nos libertam, e outras que nos levam a nos
posicionar. E o que é o posicionamento, senão uma exigência cristã? Não há
cristãos verdadeiros que não se posicionem; o cristianismo, em sua essência, é
uma contracultura.
O
que levou os primeiros cristãos ao martírio no Coliseu, senão sua oposição ao
status quo da sociedade? Diante disso, não podemos nos omitir. Essa questão não
é apenas política; ser cristão não significa ser "bolsonarista" ou
"aecista", ou qualquer outro “ista” que possa vir a surgir, muito
longe disso, mas ter coerência bíblica. De ser amigo ou inimigo de Deus.
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