Como explicar os cristãos progressistas?

 

Imagem gerada por IA.

Ouvi a história de um homem que se gabava de sua própria lealdade. Este homem, no entanto, traía seu matrimônio; a jovem a quem prometeu amar. Em sua mente, ele dizia: "Eu sou casado, pois só tenho uma esposa, ainda que me relacione com outra." Ele estava bem com essa ideia, que lhe acalmava a alma.

Mas como conceber que alguém que claramente adultera diga de si mesmo ser fiel? Como pode uma coisa ser e não ser ao mesmo tempo? Como equilibrar as duas perspectivas sem que uma delas tenha menos valor?

Obviamente, você dirá: "Ora, isso é impossível, pois os atos importam mais que as palavras." E eu concordo com você. Na verdade, qualquer pessoa intelectualmente honesta também concordaria.

Nos dias de hoje, porém, há situações nas quais vemos pessoas assumindo esse posicionamento, com uma gama de discursos para justificá-lo. Já ouviu falar dos cristãos progressistas? Se não, eles existem e se multiplicam cada vez mais nas igrejas ao redor do mundo.

Mas o que é um cristão progressista senão uma contradição em pessoa? Como ser contra e favorável ao Evangelho ao mesmo tempo? Como está escrito, é impossível servir a dois senhores e ainda assim ser fiel. Logo, um será amado e o outro, desprezado.

Seria possível ser cristão na igreja e não cristão fora dela? Estaria aqui proposto um cristianismo sem prática social, restrito aos de dentro, que nos permita adotar posturas de acordo com o momento e o lugar? Deveria o cristão se adaptar aos padrões do mundo para ser aceito?

A verdade é que a doutrina progressista, o novo nome do socialismo, não pode ser conciliada com os preceitos da cosmovisão cristã. No cristianismo, os valores são firmes, fortes e imutáveis. Outrossim, no progressismo, não há parâmetros, nem certo, nem errado, pois tudo é questão de ponto de vista. Por isso, uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo, ainda que essencialmente conflite em todas as possibilidades analíticas e interpretativas.

Tais ideias não se sustentam em si mesmas, e ao menor sinal de um raciocínio simples, logo se perceberá que há algo muito errado. Se não podemos explicar os cristãos ditos progressistas, como explicar os líderes que adotam tal posicionamento?

O líder religioso, não obstante, não é apenas mais um em meio aos demais; ele é a voz que deve clamar contra as ideologias que confrontam a fé cristã. Como está escrito, seu papel não é outro senão apascentar as ovelhas do seu Senhor. E apascentar inclui também cuidar das ideias em que as ovelhas têm acreditado.

Mas o que é mais fácil: apascentar ou apascentar-se? Confrontar o pecado ou aceitar aquilo que as Escrituras condenam? Obviamente, qualquer pessoa tem direito a ter suas próprias opiniões políticas, mas não alguém cuja função é levar almas (ovelhas) ao curral do seu dono.

O que vemos hoje é sinal dos tempos. Como já alertava a Bíblia, nos últimos dias as pessoas não suportariam ouvir o Evangelho tal como pregado inicialmente e buscariam algo mais aceitável: essa mistura de verdades e mentiras adocicadas.

De fato, por uma questão de lógica, não há cristão progressista, nem progressista cristão. O que há, sim, são pessoas que, estando entre dois senhores, não se decidem por nenhum deles, pois amando ambos, decidem ser amantes de um e esposa do outro.

O diabo pode até aceitar tal coisa — e ele aceita mesmo. Deus, porém, é santo e não aceita aquilo que decidimos justificar para nós mesmos por influência do mundo. Lembre-se: progressismo não tem relação com progresso, mas com a destruição do padrão social judaico-cristão. A sua fé e a sua família são os alvos.

Não estamos falando de uma simples perspectiva política, mas de um ideário forjado única e exclusivamente para destruir os valores cristãos. E, lamento dizer, mas eles estão obtendo êxito. Como? Eles estão dentro das igrejas. Já não as combatem de maneira tão explícita, pois é mais fácil implodir um sistema por dentro do que atacá-lo de fora.

O que faremos diante desse cenário? Voltemos à simplicidade do Evangelho! O manual do Criador ainda tem uma boa resposta. Ela é a melhor de todas as respostas para nossas crises e dilemas. O homem não precisa se recriar; não precisa se atualizar. O que foi feito já é perfeito, e o que foi revelado é o bastante.

 


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