O demônio do Estudo Bíblico e o demônio da ignorância

 

Imagem gerada por IA.

Hoje, ao acessar o YouTube, me deparei com um vídeo bastante peculiar. Trata-se de um líder religioso que, em suas próprias palavras, “expulsa o demônio do estudo bíblico” de sua igreja. A igreja em questão é a CCB – Congregação Cristã no Brasil, conhecida por suas contradições em relação ao estudo bíblico.

Na crença dessa igreja, considerada por muitos uma seita devido à sua distância da ortodoxia protestante, toda pregação deve ser fruto de uma revelação instantânea produzida pelo Espírito. Portanto, estudar a Bíblia para ensiná-la seria, em alguma medida, uma demonstração de falta de fé.

O que esse líder não explica é o porquê de tanta contradição. Afinal, se não se deve estudar a Bíblia, qual é o sentido de tê-la como livro sagrado? A Bíblia seria apenas um enfeite? Sem estudá-la, como alguém poderia ensiná-la de maneira eficaz?

O problema, a meu ver, não está no “demônio do estudo bíblico”, mas no demônio da ignorância, que muitas vezes, se disfarça de fé para esconder as limitações pessoais. Chama a atenção também o poder que algumas denominações têm de manipular seus membros. Não há pessoas inteligentes o suficiente nessas igrejas para fazerem um contraponto?

A própria Bíblia incentiva o estudo das Escrituras, sendo a fonte mais confiável para interpretar a si mesma. Impedir que as pessoas estudem e se informem não tem a ver com fé, mas com medo de questionamentos, o que configura um sistema sectário pseudo-cristão.

Para finalizar, parafraseio o saudoso pastor Myles Munroe (1954-2014), que certa vez disse: “Deus deu ao homem poder sobre toda a criação, exceto sobre outros homens”. A leitura da Bíblia é a maneira mais eficaz de destronar o demônio da ignorância e o domínio de homens sobre outros homens.


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