Diga não aos cristãos na política: o golpe

 

Imagem gerada por IA.

Desde sempre, tenho ouvido que política não é coisa para cristãos e que é impossível ser político e não "se sujar". Logo, entrar para a política implicaria jogar a reputação na lata do lixo. Segundo essa lógica, o maior e único papel do crente numa eleição deve ser votar e nada mais.

Esse argumento, que, por incrível que pareça, está até na boca dos crentes e é capaz de convencer muita gente pela sua suposta lógica e pureza ideológica, precisa começar a ser desconstruído, pois ele se configura como um ataque à democracia, além de testemunhar contra a nossa fé. Somos ou não somos o que dizemos ser? Temos ou não temos o que dizemos ter?

Além disso, cumpre enfatizar que a Bíblia é um livro intrinsecamente político, pois é nela que estão as leis morais e sociais que influenciam e influenciam grande parte das sociedades ao redor do mundo.

Antes de as constituições serem promulgadas, encontramos nas escrituras leis que regulavam a sociedade. O que é isso, senão política pura e simples? Ademais, não fazer política é algo impossível, já que somos seres humanos, e o próprio viver humano é política.

O argumento contra a presença cristã na política, e sobretudo contra a presença evangélica, expressa nada além de um absoluto preconceito, do qual somos alvos e que não podemos tolerar. Há quem queira criar leis para nos governar, mas que não aceita que opinemos sobre elas, tentando, assim, nos isolar da nossa cidadania.

Mas não somos todos iguais perante as leis? Não temos exatamente os mesmos direitos, sem quaisquer distinções? Por que os esquerdistas querem o nosso voto, mas querem nos impedir de sermos votados? Por que só a religião cristã é vista como um problema? Não somos a maioria da população? Se a maioria não tem voz, há democracia?

Podem até não levar em conta, mas os crentes também pagam impostos, são a segunda maior religião do país e têm o poder, inclusive, de eleger o presidente da República. Não parece ser uma boa ideia arrumar inimizade com tanta gente, muito menos democrático.

 


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