A vida é reality

 

Imagem gerada por IA.

Por muito tempo, cultivei em mim a ideia de que as pessoas são como eu; que me tratariam como eu as trato. Obviamente, não sou perfeito, mas, em minhas ilusões, julgava que as pessoas se esforçavam para serem boas e fazerem o que é certo.

O tempo e os relacionamentos me mostraram que eu sempre fui ingênuo nesse ponto, pois eu nunca acreditei que as pessoas fossem capazes de fazer o mal ao seu semelhante sem uma motivação. As pessoas são más e, não apenas isso, muitas chegam a ser perversas a ponto de perderem a própria capacidade de agir com racionalidade.

Eu não assisto TV já faz muitos anos, muito menos reality shows. Minha única exceção é assistir A Fazenda, da Rede Record. Foi esse programa que me fez lembrar o quão o ser humano pode ser injusto, em especial quando entende estar diante de alguém que pode ser um obstáculo na conquista de seus objetivos.

No programa em questão, o prêmio para o vencedor será de dois milhões de reais, e, pelo clima de agressividade e constantes tentativas de violência física, as mentiras e as acusações parecem ser o menor dos problemas, apesar de serem muito graves. Está agoniante ver o programa.

Ontem, um dos participantes foi acusado de agredir fisicamente uma das competidoras. Não apenas isso, mas a acusadora ainda deu detalhes dos empurrões injustificáveis e propositais que jurou, de pé junto, ter visto. Felizmente, como tudo ali é filmado, logo ela foi desmentida. No entanto, mesmo depois que a verdade foi exposta, a acusadora manteve a sua acusação. Não apenas isso, mas sistematicamente fez provocações esperando uma reação que justificasse uma expulsão.

O que é isso, senão a maldade humana em seu estado mais puro? Além disso, fica evidente que, pelo fato de ser mulher, a moça que tentou eliminar um dos candidatos mediante uma falsa acusação esperava não ser questionada. Ou seja, é como se ela estivesse dizendo: eu estou certa porque sou mulher, e não importam os fatos.

Diante de dezenas de câmeras, a acusação não obteve êxito. Mas aí eu te convido a refletir: se não existisse essa prova tão irrefutável e se a emissora tivesse embarcado no discurso por temer pressões, como estaria agora o participante acusado? Certamente já estaria cancelado publicamente e sua carreira se acabaria.

A sociedade precisa entender, antes que seja tarde, que tanto homens como mulheres podem fazer o mal. A questão do sexo e o histórico de violência que vitimizou tantas mulheres não pode ser usado como justificativa para destruir homens que não tiveram o mesmo comportamento errático.

Cada caso é um caso e deve ser investigado sem julgamentos prévios, mas unicamente com base nos fatos. O caso citado aconteceu num dos programas de maior audiência do país, diante de diversas câmeras, mas e se não fosse? Ser homem não pode ser sinônimo de ser culpado antes do julgamento.

 


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