A santa Caixa magica de fazer democracia
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Imagem gerada por IA. |
Eu,
particularmente, sempre vi com desconfiança as muitíssimas propagandas do TSE
em defesa da suposta inviolabilidade das urnas eletrônicas brasileiras
veiculadas na TV.
Na
minha opinião, estavam prevendo que nós, um dia, poderíamos desconfiar, ou quem
sabe questionar. Pois se alguém precisa ser convencido de alguma coisa, há
grandes chances de tudo se tratar de um engodo.
Mas,
e se...
Um
dia descobrirmos que nunca tivemos reais motivos para desconfiar das sagradas
urnas e que elas, diferente de quaisquer outros dispositivos eletrônicos na
terra, realmente são invioláveis? Que, na verdade, as supostas fraudes, não
passaram de discurso de gente muito mal-intencionada, buscando, quem sabe,
promover o caos social em massa.
Se
descobrirmos que fomos injustos por não confiarmos cegamente nas narrativas da
mídia e em servidores públicos bem-intencionados que, diferentemente dos outros
mais de sete bilhões de humanos, sempre estiveram acima de quaisquer suspeitas
e tentações morais?
O
que faremos se descobrirmos que nós, o povo, somos os vilões dessa história?
Teríamos algum perdão? Chamaríamos a nós mesmos de golpistas? Nos
martirizaríamos, nos chicoteando em via pública? Pegaríamos 600 anos de prisão,
dada nossa falta de fé?
Mas,
e se considerarmos outro cenário? Imagine então que: a recusa, por parte das
autoridades, em fornecer os códigos-fonte das urnas para especialistas
independentes analisarem seria o medo da exposição das suas fragilidades?
E
se descobrirmos que a luta para que os votos não fossem impressos tinha por
motivação o medo da possibilidade de descobrirmos que as eleições sempre foram
manipuladas?
E
se um dia a gente descobrir que, na verdade, não temos nenhum papel na escolha
dos candidatos graças as urnas eletrônicas? E se eles já estivessem escolhidos
antes do pleito? Com que cara a gente ficaria?
Em
uma democracia, todas as opiniões são válidas, e, quando existem perguntas
proibidas, o que se pode supor é que a resposta exporia verdades indesejadas.
Mas
como resolver essas questões, evitar tantas teorias e sanar as dúvidas? Todos
os problemas seriam resolvidos com a impressão dos votos. O que não podemos é
viver de fé, em especial quando é nítido que o fiscal da prova tem um lado.
O
clima de suposto golpe persistirá enquanto não for possível auditar as
eleições. E, havendo auditoria, ganhe quem ganhar, a democracia terá
prevalecido. Ganham as instituições, ganha a sociedade, e aposentam-se as
dúvidas que recaem sobre a caixa mágica de fazer democracia de uma vez por
todas.
A
solução, como se pode notar num simples raciocínio é mais do que razoável e
tudo que ela exige é boa vontade. Nada além disso. O que precisamos descobrir
agora é o porquê da recusa em satisfazer um desejo tão legítimo do povo, sob
todos os efeitos, o senhor da democracia.
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