Você pensa, ou pensa que pensa?

Imagem gerada por IA.

Hoje em dia, fala-se muito, muito mesmo, em formar o tal cidadão crítico. Onde formá-lo? Na escola, obviamente. Mas como? Incutindo em sua mente que, para ser alguém pensante, este deve ter o "discurso certo".

Não serve ser alguém capaz de analisar fatos históricos e sociológicos sob diversas óticas, mas aderir unicamente a um discurso.

O homem crítico, portanto, não é aquele que pensa com razoável liberdade (ninguém é livre de paixões), mas o que repete um discurso enlatado, pronto, acabado e que não admite outras possibilidades de leituras, senão repetição.

O aluno inteligente, o crítico, é justamente aquele que, ao fazer análises, chegou a uma única e possível resposta pré-concebida: o discurso único, correto e determinado de cima para baixo.

Para se tornar alguém realmente crítico no sentido mais profundo da palavra, o indivíduo carece de um grande arcabouço intelectual e cultural, e isso demanda tempo e estudo. Exige também ser realmente alfabetizado, problema prevalente na realidade educacional brasileira. É preciso conhecer, testar, retestar e então chegar a uma conclusão.

Os ditos alunos críticos, na verdade, se olharmos de perto, mais parecem fanáticos de uma seita revolucionária. Eles não pensam, não sabem, mas pensam que pensam e foram convencidos a acreditar que sabem. Como se diz, na maioria das vezes não passam de “instrumentos úteis”.

Úteis a quem? A um projeto de poder cuja finalidade é transformar o homem em música de uma nota só, traduzindo-se primeiramente como uma ditadura do pensamento e, por fim, com o perdão da redundância, uma ditadura totalitária.

O que vemos diante dos nossos olhos é uma grande prisão sendo construída para todos nós. Ou acordamos e iniciamos a contrarrevolução, ou, em poucas décadas, seremos escravos de algum fascista travestido de gente boa e com plenos poderes para nos anular.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Memorável: Gameleira, Pernambuco, elege a vereadora mais votada da sua história

Em Foco: A Valorização do Professor

Uma pandemia de diagnósticos