A democracia da extrema-esquerda

Imagem gerada por IA.

Se tem uma coisa que os políticos da extrema-esquerda brasileira fazem questão de falar é o quanto amam a democracia. Em suas cabeças, eles são os únicos que defendem essa pauta. A democracia lhes pertence; somente eles sabem exatamente o que ela é, como vivenciá-la e onde está sendo exercida verdadeiramente.

Por essa causa, suponho que seria esse o motivo pelo qual, em entrevista, ao ser questionado sobre a sua relação com o ditador Nicolás Maduro, Lula não se intimidou em defender a "democracia venezuelana", já que, segundo ele, o conceito de democracia é relativo, a depender do indivíduo.

Nas entrelinhas, lemos: democracia é quando a esquerda governa, e ditadura é quando ela está fora do poder. Não importa se direitos humanos básicos estão sendo dilacerados nem se as populações estão sendo massacradas; basta que o chefe do poder seja alguém alinhado ao ideário esquerdista.

Como se vê, uma coisa é o discurso, outra é a prática. Por isso, se a gente deseja entender quem é realmente a extrema-esquerda tupiniquim, não devemos levar em conta as suas palavras, mas as suas ações, pois elas não negam o que são nem o que pensam.

Como explicar a recepção dispensada ao narcoditador Nicolás Maduro em terras brasileiras? Isso não é uma evidência de que, se pudesse, o atual presidente faria o mesmo no Brasil? Se não faria, como defender as honrarias ao homem que prende e persegue adversários políticos e controla os sistemas judicial e eleitoral?

Na Venezuela, imaginem só: pessoas são perseguidas, presas e perdem seus direitos políticos sob acusações de ataques contra a democracia, o que obviamente significa discordar publicamente do ditador. Note que situações como essa só acontecem em países com democracias relativas.

 

 

 

 


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