Sei que não sei, e por isso aprendo
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Imagem gerada por IA. |
Das
muitas inteligências humanas, a meu entender, uma das mais extraordinárias é a
capacidade de identificar o próprio nível de conhecimento. Não saber não é
vergonhoso; emular sabedoria, sim.
Quando
sei que não sei, abro uma porta à humildade do aprendizado. Mas, se me contento
com a minha própria ignorância e finjo saber, poucas são as minhas esperanças
de crescimento.
Se
há uma coisa que somente as pessoas inteligentes sabem, é justamente que sabem
muito pouco. A cada nova aquisição em matéria de conhecimento, a primeira
constatação que se faz é que cada resposta é, na verdade, a origem de outras
dezenas de perguntas.
O
conhecimento amplia, portanto, o saber e a consciência do quão ignorante se é.
A ciência é um poço sem fundo; quanto mais cavamos, mais espaço há para ser
explorado. Por isso, o verdadeiro aprendizado é, antes de tudo, uma aceitação
da própria ignorância, que, mesmo quando combatida, segue crescendo no
conhecimento que se obtém.
O
falso douto finge saber; já o sábio tem prazer em constatar as próprias
limitações. Quanto menos certezas injustificáveis temos, maiores são as nossas
possibilidades de reflexão e aprendizado. É perfeitamente possível que, por
meio do pensamento e da busca, se chegue a algum lugar. Se não a uma resposta
definitiva, a perguntas que contribuem para expandir o intelecto.
Tão
importante quanto obter as respostas que buscamos é saber fazer as perguntas
certas, pois essa é a chave que pode nos conduzir à luz das descobertas. No
entanto, tão grave quanto fingir saber é buscar o conhecimento com respostas
prévias.
Portanto,
esteja pronto para mudar as suas opiniões ou ampliá-las. Voltar atrás, mudar de
ideia, mudar de rumo não é sinal de ser alguém manipulável, mas de alguém que
dispõe de algum nível de autonomia intelectual. Esse é o principal objetivo do
conhecimento para o homem pensante.
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