Foram apenas 12 notas 1.000 no Enem 2024

 

Imagem/divulgação

No último dia 13 de janeiro de 2025, foi divulgado o resultado do último Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.

Para a surpresa de um total de zero pessoas que sabem a quantas anda a educação brasileira, os resultados, mais uma vez, foram um desastre e revelam o que já sabemos há muito tempo: a educação brasileira está na UTI e respirando com ajuda de aparelhos há muitas décadas.

Dos mais de três milhões de participantes, apenas doze tiraram nota máxima e, desse total, apenas um é de escola pública. Observe que os nossos governantes dizem priorizar a educação pública. No entanto, os dados mostram que essa "prioridade" não passa de engodo.

No entanto, mais importante do que fazer críticas ao sistema, é preciso que reflitamos sobre a origem do problema e como, quem sabe, superá-lo. Na minha visão, ele está na base, é estrutural e é provocado intencionalmente. Mas pode ser superado, desde que seja encarado verdadeiramente.

A culpa, senhores, é das estrelas. Das mais de milhões delas que trocaram a educação prática por uma educação ideológica, utópica e impraticável, cuja finalidade é exatamente o cenário que vemos: alunos que gastam mais de uma década na escola e saem dela sem as competências mínimas necessárias ao próprio desenvolvimento intelectual.

Pense na nossa realidade geral: alunos com 18 anos saem da escola festejando a formatura. No entanto, na maioria das vezes, sequer sabem identificar, produzir ou interpretar textos básicos, nem mesmo qual carreira seguir. Note que a educação até hoje praticada não tem sido meio de solução, mas de confusão.

O problema, por isso, não é a clientela, mas a gigantesca estrutura que, mesmo não funcionando como supostamente esperado, segue sendo aplicada a todo vapor. Seria maluquice pensar em uma mudança verdadeira, afinal temos repetido sistematicamente os erros cometidos e ignorado as suas consequências tangíveis.

O problema também não é culpa do professor, pois esse também foi doutrinado e, àquilo que entende como educação, na verdade não passa de uma estratégia revolucionária, mas, por questões de paixão consciente e não reflexão, apenas repete o que ouviu sem quaisquer reflexões realmente críticas.

A questão é, sim, governamental e de ineficácia de políticas públicas estruturais e quase seculares. Os últimos governos têm percebido que cidadãos inaptos intelectualmente são a saída mais eficiente para tentar se estabelecer eternamente. O que desejam? O poder. Como conseguem? "Educando" o povo para que seja como desejam. A vítima que colabora com o criminoso é a mais desejada, não é mesmo?

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Memorável: Gameleira, Pernambuco, elege a vereadora mais votada da sua história

Em Foco: A Valorização do Professor

Uma pandemia de diagnósticos