Pão, circo e cozinha
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Imagem gerada por IA. |
O
Nordeste sempre se destaca a nível nacional por um de seus aspectos históricos
mais marcantes: a pobreza.
Embora
tenhamos muitas coisas boas e dignas de louvor, a fome e a seca continuam a nos
caracterizar. Fora da nossa região, somos conhecidos pelo estado de miséria que
nos cerca.
Não
por acaso, políticos que prometem saciar nossa fome sempre são eleitos e se
perpetuam no poder, frequentemente acompanhados por suas famílias. O que dizer
da família Arraes e de seus descendentes?
Pernambuco
é, há décadas, propriedade dessa gente. Para manter o status quo, seguem
governando o estado e submetendo inúmeras famílias à pobreza e ao desalento.
Claro,
as pesquisas apontam que esses "benfeitores" são muito bem avaliados.
Mas a realidade é que sua permanência no poder não tem gerado avanços
significativos na qualidade de vida da população.
Um
exemplo claro disso é a proliferação das chamadas cozinhas comunitárias. Esses
projetos são vistos como um sucesso, mas, na verdade, expõem o fracasso das
gestões públicas. Afinal, se há quem precise de um prato de comida para não
passar fome, é inegável que há um abandono no que diz respeito a políticas
públicas eficientes.
Dar
comida, em vez de oferecer emprego e renda, pode parecer um ato de humanidade
ou um assistencialismo eficaz. Contudo, essa abordagem expõe os necessitados à
humilhação. Não há dignidade para quem tem seus direitos básicos
desrespeitados.
É
importante reconhecer que, apesar dos pesares, a fome se combate com alimento,
antes de tudo. Porém, se essa for a única ação governamental, tais programas
não passam de uma tentativa de "tapar o sol com a peneira".
O
ideal seria oferecer ao cidadão a possibilidade de escolher o que deseja comer,
sem expor sua situação de vulnerabilidade. Esse tipo de exposição humilha, não
resolve o problema, e apenas serve como paliativo. Pois a fome sempre volta.
Uma
boa política pública é aquela que é funciona e possui um prazo para acabar. Do
contrário, não passa de uma estratégia para garantir votos e gerar uma suposta
dívida de gratidão.
Um
povo livre não deve ser grato aos seus governantes, pois o povo é o verdadeiro
senhor da democracia, e não seu beneficiário dela. Quando tudo se resume a
"coma e vote em mim", o "pão e circo" tornam-se o prato
principal, e a sociedade, a cada colherada, perde sua consciência e a
capacidade de exercer plenamente o próprio poder.
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