O que são "emprejas"
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Imagem gerada por IA. |
De tempos em tempos, a rede mundial de computadores, também chamada de internet, nos brinda com alguma palavra nova. A palavra em questão já não é tão nova assim, mas, mais do que nunca, faz muito sentido ao contexto atual: empreja.
A
palavra, que resulta da mistura de outras duas, “empresa” e “igreja”, tem por
finalidade classificar igrejas que são, na verdade, meios de fazer fortuna para
algumas famílias que, se apossando (chegando ao poder) ou abrindo uma igreja,
vivem uma vida de luxos enquanto os seus membros vivem na pobreza.
Nas
emprejas, a função precípua da instituição religiosa é proporcionar aos seus
líderes uma vida de regalias. Regalias essas que, em outras atividades,
dificilmente teriam acesso, mas que, por causa da fé de terceiros e por força
de manipulação, lhes são conferidas.
Vale
dizer que nenhuma igreja deve tratar com desdém os seus líderes ou ignorar as
suas necessidades básicas. No entanto, venhamos e convenhamos que sustentar
famílias pastorais como se fossem da realeza não faz nenhum sentido, em
especial em contextos de pobreza.
O
líder que se dedica à obra de Deus deve ser cuidado com a máxima dignidade
possível, mas não deve viver uma vida diferente dos seus liderados em demasia.
Pois, se o crente contribui com o seu pouco, que por vezes lhe faz falta, é
justo que todos façam algum sacrifício, não devendo o líder ser visto como
alguém privilegiado, pois não foi assim no começo da igreja e não deve ser
assim hoje.
Emprejas,
diferentemente de igrejas normais, têm donos, e os seus líderes não respondem a
ninguém, senão a si mesmos. Para tanto, costumam fazer a popular lavagem
cerebral da qual tanto se fala, se colocando como ponto de contato entre Deus e
o homem. Os mediadores são eles mesmos, e, para contar com o favor de Deus, os
crentes precisam obedecê-los e honrá-los sem qualquer senso crítico.
Em resumo, as emprejas são, na verdade, negócios de fachada com CNPJ de
religião. O que as faz serem bastante eficientes em matéria de ganhos,
especialmente se considerarmos as isenções que as religiões em geral têm.
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