O ser professor
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Imagem gerada por IA. |
Ser professor, como qualquer outra profissão, exige
o que se costuma chamar de vocação. Não no sentido, sacerdotal, é claro, mas no
sentido de que exige uma grande paixão e identificação pelo fazer.
Se o professor, não detiver essa característica, a
meu ver, fundamental, o seu trabalho sempre será um fardo para ele e o seu
fazer pedagógico, não será capaz de formar alunos apaixonados pelo
conhecimento.
E, esse, sem sombra de dúvidas, é o grande xis da
questão. Praticamente, todo o conhecimento necessário a qualquer pessoa, pode
muito bem ser acessado sem a intermediação de um profissional da educação, no
entanto, fazer alguém se apaixonar pelo conhecimento, isso, essencialmente, só
o professor é capaz de fazer.
Se o professor não possui a característica
vocacional, as suas aulas são apenas aulas, uma produção de chatice e cansaço,
sem nenhum aprendizado significativo, mas, quando o este é apaixonado pelo que
faz, cada aula sua é uma mistura de ciência e show. Ou como diria o saudoso Ariano, “show não, espetáculo”. E quem em sã
consciência não se maravilharia com um bom espetáculo que fosse capaz de
prender e conquistar a sua atenção?
Claro, há pessoas que não se deixam levar nem pelos
mais maravilhosos dos shows, isso, no entanto, diante de uma boa obra, é a
minoria. Por isso, ser professor, não é uma profissão para todos, mas
unicamente para aqueles que se veem como maestros de uma bela sinfônica, cuja
função é encantar pelos ouvidos e chegar ao coração, produzindo assim bons
ouvintes – e não apenas isso, mas também, quem sabe, bons maestros.
Se hoje, “ninguém mais quer ser professor”, deve
haver uma causa justa, talvez não seja apenas uma questão de salário e
condições de trabalho, mas tenha a ver com a perda do encanto da descoberta
mágica que o conhecimento pode trazer. É preciso dominar essa arte “mágica”, é
preciso ser e ter o espírito do apaixonamento.
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