O que eu penso sobre o capitalismo
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Imagem gerada por IA. |
Não sei você, mas eu sou um grande admirador do
capitalismo. Afinal, é apenas em países capitalistas que qualquer pessoa pode
ascender na vida — ou ao menos tem a possibilidade de tentar, caso queira. Não
nego que, como sistema econômico, o capitalismo tem suas imperfeições. Mas que
outro sistema seria ideal? O socialismo? Obviamente não. Tudo que o socialismo
fez no mundo até hoje foi trazer desgraça. Basta observar os regimes
totalitários que mataram milhões, tantos que sequer conseguimos contabilizar.
O capitalismo não apenas é eficiente, mas também um
meio eficaz de defesa da democracia. Apenas em sociedades regidas por esse
modelo econômico os cidadãos podem criticar o governo e têm o dever de fazê-lo,
já que o dinheiro que financia o Estado vem do povo. Dessa forma, uma coisa
retroalimenta a outra.
Sem capital, sequer haveria Estado. Afinal, como
criar mecanismos de poder sem recursos para isso? O capitalismo, por ser
essencialmente democrático, é tão incrível que permite aos seus críticos
divergir sem sofrer retaliações. Já na alternativa socialista, onde a
democracia se torna apenas uma questão de perspectiva, criticar os governantes
pode levar à prisão.
Somente em sociedades emocionalmente disfuncionais,
guiadas por um profundo e arraigado sentimento de inveja e preguiça, um sistema
como o capitalismo se torna alvo de críticas desconectadas da realidade. Sim,
criticar o capitalismo é legítimo, democrático e perfeitamente aceitável. No
entanto, até para criticar é preciso refletir com base em dados concretos.
Ideologias não bastam — precisamos nos pautar pela realidade objetiva.
No fundo, todos nós sonhamos em viver em um país
justo. Mas a única possibilidade de isso acontecer é por meio de um capitalismo
pragmático, que vá além do estigma propagado por seus detratores, promovendo o
equilíbrio entre o uso dos recursos naturais e a preservação ambiental. Afinal,
de que adiantaria salvar o planeta sem antes salvar o ser humano que precisa
dele para viver?
O futuro não para. Não regrediremos a uma
agricultura arcaica, nem as populações desaparecerão. O cenário futuro exige a
utilização cada vez mais tecnológica dos recursos naturais, o que já se mostra
possível. Essa é a verdadeira saída. Se destruirmos o que temos por puro
preconceito, o que colocaremos no lugar?
Viu? A questão não é tão simples quanto parece. Não
pode ser reduzida a posicionamentos particulares que ignoram ou subtraem a voz
e as necessidades dos outros. As empresas, por mais danosas que possam ser ao
meio ambiente — e muitas vezes são —, ainda são a única maneira de garantir a
subsistência dos povos. Sem emprego, o que resta ao ser humano além da perda de
sua dignidade e valorização?
O Estado, por maior que seja, jamais poderá empregar
a todos em nome de uma utopia. E logicamente não desejamos que isso aconteça,
pois, se o Estado nos der tudo de que precisamos, o que pedirá em troca? Nossa
liberdade de expressão? Nosso direito de votar? Nosso desejo de viver conforme
acreditamos ser correto?
Somente regimes totalitários são inimigos do bom
capitalismo. Mesmo assim, ainda que discordem das premissas do livre mercado,
para manter o status quo, dependem do capital e do investimento privado. A
China é um exemplo disso: seu sucesso econômico não vem da ideologia
socialista, mas do capitalismo selvagem que a elevou ao posto de segunda maior
economia do mundo.
Já em países que negam a realidade do capitalismo,
como a Coreia do Norte e Cuba, as populações estão relegadas à miséria ou às
migalhas que o "bom Estado" pode oferecer. Sem o capital necessário,
ideias não se concretizam. Não adianta defender teorias que só funcionam na
imaginação, pois jamais trouxeram resultados positivos em termos de sociedade,
vida e liberdade.
Temos uma escolha a fazer: ou aceitamos a realidade
visível ou embarcamos na canoa furada das ideias que não funcionariam nem mesmo
no mundo mágico de Oz.
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