A igreja salva?

 

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Um fenômeno comum e facilmente perceptível em muitas igrejas cristãs brasileiras é a fé que muitos crentes têm na instituição da qual fazem parte. Dessa forma, tais fieis se declaram salvos não unicamente pela fé que possuem no salvador, mas pela agremiação a que pertencem.

Há algumas denominações que dizem ser a verdadeira igreja, não pela mensagem que pregam, mas pelos séculos que já se passaram desde a sua fundação. Dentro dessa lógica, quanto mais antiga uma igreja, mais verdadeira ela seria. Nada mais falso!

Algumas se gabam de terem chegado aqui nos primeiros anos do descobrimento; outras celebram ter um século ou estar chegando lá. Tudo isso, no entanto, do ponto de vista bíblico, não significa absolutamente nada, visto que a salvação vem de um homem e não de uma denominação.

A igreja de Jesus, o nome que identifica os que creem, não tem um CNPJ e nunca foi dominada por nenhum homem, nem por nenhuma ideologia humana. Logo, acreditar que a salvação está na igreja mais antiga, considerando que essa antiguidade nada tem a ver com a mensagem pregada, é tentar salvar-se a si mesmo.

Há pregadores que dizem que, se você não for da igreja que eles frequentam nem estiver debaixo das normas daquela denominação, está perdido. Por assim dizer, quem salva não é Cristo, mas a ligação institucional e a realização de determinados ritos ou a manifestação de certos arquétipos. Parece razoável?

A igreja de Jesus, aquela que se reunia em pequenas casas em seu início e que é identificada como "sete igrejas" no livro de Apocalipse, não pode ser definida nem limitada aos padrões de uma denominação. Ela é identificada unicamente pela fé que possui e pelos frutos que produz.

Se há uma igreja que prega a si mesma como meio de salvação, roubando o senhorio do Cordeiro de Deus, esta, por óbvio, não pode ser chamada de igreja cristã. Jesus, o Deus visível, o Alfa e o Ômega, o Criador de todas as coisas e o Salvador da humanidade, não é funcionário de nenhuma "igreja". Ele é o Senhor, o dono dela. Sabemos que somos igreja se seguimos os seus mandamentos e não se somos parte dessa ou daquela igreja.

Por isso, se qualquer declarada igreja se disser a porta da graça e o meio de salvação, anulando a Palavra de Deus pelas próprias tradições, esta deve ser classificada como seita. Pois somente em grupos sectários Jesus é apenas uma espécie de funcionário e nada pode fazer. Segundo a Bíblia, Ele é Deus, o autor e consumador da nossa fé. É Ele quem nos salva, e para executar essa obra, utilizou-se do seu sangue, e não de instituições humanas.

Portanto, onde a verdadeira mensagem de Cristo é pregada tal como ensinada pelos apóstolos, aí está parte da verdadeira Igreja, que é una, santa e atemporal, sendo identificada unicamente pela entronização e reconhecimento do senhorio de Cristo. Se a sua igreja salva, saia dela, esse ensinamento não é verdadeiro.