Aos críticos, nada. Ou quase nada!
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Imagem gerada por IA. |
Por
diversas vezes, pessoas próximas a mim já me pediram ou me aconselharam a mudar
o meu jeito de ser. O motivo, por incrível que pareça, não é o fato de eu ser
uma pessoa má ou prejudicial aos outros, mas sim a minha maneira de agir. Até o
jeito como eu falo já foi alvo de críticas. Não pelo tom desrespeitoso, mas
pelas palavras que eu uso. Pessoas já se ofenderam até com o meu vocabulário,
dá pra acreditar?
Eu,
por outro lado, nunca fiz algo semelhante com ninguém e acho isso absurdamente
ofensivo. Não julgo as pessoas por suas personalidades, jeitos de ser ou de
falar. Sempre procuro me colocar no lugar do outro, sem lhe imputar defeitos
que nada mais são do que sua própria maneira de ser — exceto se essa pessoa
for, de fato, mal-educada.
Não
digo com isso que lidar com pessoas diferentes de mim seja algo sempre fácil.
Muitas vezes, certos comportamentos ultrapassam, para mim, o limite do
razoável. Mas, sendo esse o caso, simplesmente respeito a individualidade do
outro, reconheço que ele tem o direito de ser como é e me afasto.
Há
pessoas que simplesmente não precisamos adicionar às nossas vidas. Para alguns,
ligamos e falamos sobre a vida; para outros, ligamos apenas em momentos de
condolências; outros ainda são dignos apenas de um "bom dia",
enquanto alguns sequer merecem um cumprimento nosso.
A
regra é simples: não precisamos morrer de amores pelas pessoas, tampouco nutrir
desprezo por elas. Na verdade, se não quisermos, não precisamos fazer nada.
Basta acolher o que é bom e saudável e ignorar aquilo que não nos traz nada de
positivo.
Cada
pessoa é como é, e ninguém precisa mudar por ninguém, bastando apenas que cada
um se concentre em viver a própria vida, sem transformar a existência do outro
em motivo de preocupação. Diferenças resolvemos com diplomacia, não com
aquiescência ou aceitação forçada.
As
únicas pessoas que têm a obrigação de satisfazer nossas expectativas emocionais
e pessoais são justamente aquelas que fazem parte da nossa vida privada. O
mundo não nos deve nada, e ninguém tem que carregar o peso da não aceitação por
parte de quem, incapaz de se aceitar, tenta imputar aos outros o crime de serem
como são.
De
resto, uma certeza eu tenho: não me vejo com os olhos dos outros e não sou o
que dizem que sou. Opiniões sobre mim até importam, desde que venham de pessoas
significativas para mim. Já as insignificantes, reservo-lhes meu silêncio, meu
texto analítico e o desejo de que, um dia, sejam capazes de se admirar como são
— a tal ponto de conseguirem, enfim, gostar de si mesmas.
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