O líder: as características desejadas

Imagem gerada por AI.


Dizem que o verdadeiro pastor é aquele que tem o cheiro das suas ovelhas. Ou seja, o verdadeiro pastor é aquele que se mistura ao seu rebanho, que sabe exatamente o que se passa com ele. Esse também é o perfil do líder ideal. Ser ideal não é ser perfeito. Mas quem é perfeito, em se tratando de seres humanos? O que podemos fazer é sempre buscar a nossa melhor versão de nós mesmos, competindo consigo mesmo por uma evolução que faça sentido ao nosso propósito.

Um líder de verdade, nesse contexto, não apenas convive com pessoas, mas vive com elas. E, sendo por vezes maior, se apequena para engrandecer alguém, mostrando-se como alguém que está disponível a servir e não a ser servido. Qual é o problema nisso? Nenhum! Desde que você saiba exatamente quem você é e seja capaz de reconhecer sua identidade e seu potencial.

Em certa entrevista, o jogador Cristiano Ronaldo declarou que ele é o melhor. Arrogância? Creio que não, pois, em seguida, ele explicou que esse é o seu modo de lidar com um mundo onde tantas pessoas qualificadas competem com ele. Ele disse que é o melhor, e eu acredito. Claro que não é o melhor de todos, mas o melhor que pode ser.

Ouvi também de um profissional que, há anos, fora entrevistado para um emprego. Uma das perguntas da entrevistadora foi: "Por que devemos contratar você?" A sua resposta foi rápida e certeira: "Me contrate porque eu sou bom no que faço. Não é que eu esteja querendo ser arrogante", disse ele, "mas eu estudo e me esforço em tudo para dar o meu melhor." O resultado? Ele, claro, foi contratado.

O xis da questão é: você precisa ser capaz de identificar as suas habilidades e debilidades para que possa, então, saber para quais desafios está apto. Não podemos nem devemos nos sentir melhores do que ninguém, mas, obviamente, devemos reconhecer o nosso próprio valor. E, somente assim, saberemos qual é o nosso lugar no mundo. Tal pensamento pode até parecer, em certa medida, uma forma de autoexaltação, mas, na verdade, é fundamental para que sejamos capazes de também reconhecer nos outros os seus méritos. Quem não sabe o valor que tem pode cair em comparações depreciativas, mas quem sabe o tamanho do próprio brilho não teme juntar-se a alguém de brilho igual ou maior. Ao ver uma grande luz, corramos para ela e nos iluminemos mais. Quanto mais lumens, melhor!

Sobretudo quando falamos em pessoas que ocupam lugares de liderança, o que não pode faltar é saber exatamente quem se é. Aquele que não tem certeza não pode ser. E, não sendo, ainda que ocupe o lugar do que é, não tem como obter êxito, nem pessoal nem, muito menos, social. Afinal, tudo o que fazemos diz respeito também ao outro e não somente a nós. Claro que envolve nossas paixões, nossas visões de mundo. Mas, no final, é também sobre alguém que será, de alguma maneira, impactado pelo que somos e fazemos. Não é somente sobre nós, é sobre todos nós.

Identificando o líder Fraco

Todo líder fraco tem como uma de suas características mais marcantes se cercar de bajuladores, pessoas que lhe impeçam de ver os próprios erros e limitações, que sejam capazes de apoiá-lo até em suas maldades mais perversas. Quando ocupam cargo de chefia, são tóxicos e nocivos. Competem com quem está hierarquicamente abaixo e também causam confusões entre pessoas e equipes.

Identificando o líder Forte

O perfil deste líder é peculiar e fora de moda, pois ele se preocupa com o que dirão do seu trabalho. Para tanto, reconhecendo as próprias incapacidades, cerca-se de pessoas capazes de supri-las. Isso não é um problema, nem poderia ser. Pois não há no mundo homem capaz de aprender exatamente tudo sobre todas as coisas. Sendo assim, tal postura configura-se como um ato de humildade.

 

 


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